9 de set. de 2013

Bakunin em alemão: Inaugurado mais um site sobre Bakunin



Em setembro deste ano recebemos um fraterno email dos editores de http://www.bakunin.de falando da criação do site e da inclusão do endereço de nosso Arquivo Bakunin em sua página de links. Eles também solicitavam a inclusão do site alemão em nossa seção Bibliotecas Virtuais. Podemos entender a iniciativa alemã como mais uma forma de divulgação da obra de Bakunin nessa rede virtual que aos poucos vai se formando em torno do pensamento do revolucionário russo. Saudações desde o Brasil aos editores alemães.

Os editores, setembro de 2013.

Federalismo[1] - James Guillaume (1871)


James Guillaume circa 1870
Nota introdutória

Artigo publicado por James Guillaume em 1871 no periódico Solidarité, onde analisa o evento revolucionário da Comuna de Paris ocorrido naquele ano. O artigo retoma as análises pré-Comuna de Bakunin, contidas em Cartas à um francês (1870), e pós-Comuna como em A Comuna de Paris e a noção de Estado (1871). Guillaume foi militante da ala bakuninista da Associação Internacional dos Trabalhadores (AIT), também conhecida por Primeira Internacional. Membro da Federação do Jura, seção da Suíça francesa filiada a AIT com sede em Saint Imier. Posteriormente, devido a disputas políticas no interior da AIT e a expulsão de Bakunin por Marx no Congresso de Haia em 1872 na Holanda, Guillaume e a Federação do Jura desempenham um importante papel na articulação da Internacional Antiautoritária, que pretendia levar adiante o projeto bakuninista no movimento dos trabalhadores.

Os Editores, Brasil, setembro do "ano quente" de 2013.




Por James Guillaume

O verdadeiro caráter da revolução que foi realizada em Paris tem sido delineado de uma maneira tão marcadamente nova que, mesmo as mentes não familiarizadas com o tema, podem agora perceber claramente. A revolução de Paris é federalista.

O povo de Paris quer a liberdade de se auto-organizar como eles entendem, sem o resto da França ter de intervir nos assuntos internos de Paris; e ao mesmo tempo ela renuncia a toda interferência nos departamentos, ao conclamá-los cada um deles a organizar-se a sua maneira, na plenitude da autonomia comunal.