11 de nov. de 2012

The Bakunin Library: Projeto editorial pretende traduzir obras escolhidas de Bakunin para o inglês



Foi anunciado em 2012 o projeto de tradução inglesa de obras escolhidas de Bakunin em dez volumes. O projeto é encabeçado por Shawn P. Wilbur e será editado pela PM Press. O tradutor prevê a duração de dez anos para realização completa do projeto. 

O projeto visa suprir um vácuo editorial de traduções de Bakunin para o inglês. Assim como em português, a bibliografia de Bakunin em inglês é composta de pouquíssimos livros completos traduzidos. Trechos vendidos como livros e outros males de descontinuidade editorial marcam o tratamento pouco profissional ou científico dado a obra do revolucionário russo em ambas as línguas. 

O projeto baseará as traduções no francês a partir do CD-Rom das obras completas publicado em 2000 pelo Instituto de História Social de Amsterdã. No blog do projeto, Wilbur faz uma chamada para tradutores e leitores em francês e inglês que possam contribuir com a empreitada.

Segue abaixo o plano inicial de traduções e o link para o projeto The Bakunin Library.

The Collected Works of Bakunin
1. Early writings and correspondence: 1837-1851 
2. Writings: 1860-1867 
3. Writings: 1868-1869 
4. Writings: 1870-1871 
5. "The Knouto-Germanic Empire & the Social Revolution:" 1870-1871 
6. "Against Mazzini" & other writings: 1871 
7. "Statism and Anarchy" & other writings: 1872-1876 
8. Correspondence 
9. Correspondence 
10. Correspondence, bibliography, index, miscellany

10 de nov. de 2012

Manuscrito da Carta ao Journal de Genéve


Foi publicada no blog Questões manuscritas do economista Pedro Corrêa Lago a imagem de um manuscrito de Bakunin. O manuscrito se refere a Carta ao Journal de Genéve, escrita em 25 de setembro de 1873, onde Bakunin responde aos redatores do jornal as acusações perpetradas a ele por Karl Marx. A carta está escrita em francês e, segundo Lago, foi à leilão em 2007 na Alemanha. A imagem do manuscrito e o texto de Lago estão neste link.

Os editores, 
novembro de 2012, 
Brasil.

8 de nov. de 2012

Livros abordam as influências filosóficas de Hegel e Feuerbach no pensamento de Bakunin


Divulgamos aqui a referência de dois livros que abordam a juventude do pensamento de Bakunin, quando  dava os primeiros passos na filosofia alemã, principalmente Feuerbach e Hegel.

ANGAUT, Jean-Christophe. Bakounine jeune hégélien: La philosophie et son dehors. Lyon:
ENS Éditions, 2007. 176 p

O livro contém uma longa introdução escrita por Angaut, que também fez a tradução, e os textos de Bakunin que representam seu período hegeliano de esquerda, La réaction en Allemagne, Lettre à Ruge 19 janvier 1843, Lettre à Ruge mai 1843, Le communisme.

Trechos do livro podem ser lidos aqui.

UGLIK, Jacek. Michała Bakunina filozofia negacji. Warszawa, Wydawnictwo Aletheia, 2007, 254 p.

Jacek Uglik (nascido em 1976), Ph.D, especialista em filosofia russa, professor assistente no Instituto de Filosofia da Universidade de Zielona Góra na Polônia. O livro é uma versão de sua tese de doutoramento.

Outra referência é o artigo do mesmo autor abordando a influência de Feuerbach no pensamento de Bakunin. Jacek, Uglik. Ludwig Feuerbach’s conception of the religious alienation of man and Mikhail Bakunin’s philosophy of negation. Studies in East European thought (Dordrecht. Online) A. 2010, vol. 62, n° 1, pp. 19-28 [10 pages]. From the issue entitled "Special issue on Polish Studies in Russian Religious Philosophy / Edited by Janusz Dobieszewski."

Segue abaixo resumo do artigo.

In this paper we attempt to prove that it was Ludwig Feuerbach’s anthropology that influenced Bakunin’s philosophical path. Following his example Bakunin turned against religion which manipulates, as Hegelianism does, the only priority human being has—another human being. Although Feuerbach’s philosophy did not involve social problems present at Bakunin’s works, we would like to show that it was Feuerbach himself who laid foundation for them and that Bakunin’s criticism of the state was the natural consequence of Feuerbach’s struggle for the individual. Mikhail Alexandrovich Bakunin proved that Feuerbach’s attempts to rise anthropology to the rank of theology are not sufficient to free the individual from the power of abstractions as in his opinion it is not only God (religion) that should be overthrown but also the state.

Conceito de campesinato em Bakunin (2005)


Nota

O presente texto realiza uma primeira aproximação do conceito de campesinato no pensamento de Bakunin, situando-o historicamente no debate com o populismo russo do século XIX, reconhecendo seu lugar na trajetória das discussões sobre o campesinato no pensamento socialista e na sociologia.

O texto é uma parte do capítulo dois do livro Sobre a evolução do conceito de campesinato, de Gúzmán e Molina, sobre as concepções teóricas acerca do campesinato. O livro foi escrito originalmente em espanhol e sua tradução literal para o português foi empregada para uso interno da Via Campesina do Brasil. Posteriormente foi lançado em forma de brochura pela editora Expressão Popular.

Para a discussão acerca do conceito de campesinato em Bakunin, os autores se basearam na seguinte referência Bakunin, M., (1961-1981). Oeuvres Complètes de Bakounine publiées pour L’internationaal Instituut voor Sociale Geschiedemis Amsterdam par Arthur Lehning. Paris:  Editions Champ Libre. Tomos I-VII. Outra referência usada pelos autores, indicada nas passagens abaixo, é a clássica obra sobre o populismo russo de Franco Venturi, El Populismo Ruso. Madrid: Revista de Occidente, 1975. Dos tomos. A edição inglesa de 1963 pode ser conferida aqui.

Nos trechos abaixo, identificamos algumas passagens de Estatismo e anarquia, publicado originalmente em russo com o título Gosudarstvennoy' i anarkia, em 1873. Existe uma edição em portugês, BAKUNIN, Mikhail. Estatismo e Anarquia. Tradução Plínio Augusto Coêlho. São Paulo: Nu-Sol; Imaginário, 2003.  272 p.

O título desta postagem foi criado pelos editores do Arquivo como simples recurso pedagógico, não constando no livro.

Os editores,
Brasil, novembro de 2012.

***

GUZMÁN, Eduardo Sevilla; MOLINA, Manuel González de. Sobre a evolução do conceito de campesinato. Tradução literal [de] Ênio Guterres e Horacio Martins de Carvalho. 3. ed.. São Paulo: Expressão Popular, 2005. 96 p.

Capítulo 2. O campesinato na antiga tradição dos estudos camponeses. [p. 28-31.]

        Na obra de Bakunin subsiste uma teoria do campesinato como agente revolucionário, segundo a qual, na Rússia da segunda metade do oitocentos, existiam as condições objetivas precisas para o desencadeamento de uma revolução social. Bakunin identificava estas condições com a situação das massas populares camponesas russas definida pela conjunção da extrema miséria com uma servidão feudal que era modelo em seu gênero, à que adicionava uma consciência histórica de emancipação social. No exame da consciência histórica do povo russo, Bakunin distinguiu elementos positivos e negativos (Bakunin, 1976, VI: pp. 367-369). Entre os positivos incluía: a) a convicção fortemente arraigada de que a terra pertencia integralmente ao povo; b) a posse da terra era um direito que não correspondia ao indivíduo senão à comunidade rural (ao mir), que se encarregava de reparti-la entre seus membros por prazos temporários definidos; c) a autonomia política quase absoluta, bem como a capacidade administrativa e gerencial do mir, que provocava a hostilidade manifesta daquele em relação ao Estado. A consciência histórica do povo russo se encontrava, no entanto, obscurecida por outros três traços que, desnaturalizando-a em parte, atrasavam a emancipação do povo russo: 1) o patriarcalismo; 2) a absorção do indivíduo pelo mir; 3) a confiança no tzar.

16 de set. de 2012

Inaugurada seções em outros idiomas


É com orgulho que o Arquivo Bakunin abre espaço para obras do revolucionário russo publicadas em outras línguas. Elas se encontram nas seções dos respectivos idiomas logo abaixo do banner de nossa página.

Na seção em Inglês destacamos a tese de doutoramento em Filosofia de Martine del Giudice pela McGill University no Canadá. Sua tese possui 544 páginas e se chama The Young Bakunin and the Left Hegelianism: Origins of Russian Radicalism and Theory of Praxis 1814-1842.

Ainda nesta seção temos o livro de Paul Mclaughlin Mikhail Bakunin: The Philosophical Basis of His Anarchism que busca investigar as bases filosóficas do pensamento de Bakunin

Na seção em Francês destacamos os artigos de Jean-Christophe Angaut dedicados a análise do pensamento de Bakunin em torno da Guerra Franco Prussiana, da Comuna de Paris e da batalha de ideias entre o revolucionário russo e Marx na I Iinternacional. Em breve estaremos disponibilizando o link para a tese de doutoramento em dois volumes de Jean-Christophe Angaut sobre o pensamento filosófico e político de Mikhail Bakunin.

Os editores,
Brasil, setembro de 2012.

21 de abr. de 2012

O socialismo libertário - Mikhail Bakunin (1979)


Nota:

Artigos publicados originalmente entre 22 de maio de 1869 a 28 de agosto de 1869 no L'Egalité, periódico semanal  fundado em Genebra em 1868, órgão da federação das seções suíço-francesas da Internacional.

A presente tradução para o português saiu na coletânea intitulada O Socialismo Libertário, número 22 da Coleção Bases, lançada em 1979 pela Global Editora e Distribuidora LTDA. Tradução da versão francesa por Olinto Beckerman.

Os Editores,
Brasil, abril de 2012.



8 de mar. de 2012

O Conceito de Liberdade - Mikhail Bakunin (1975)



Nota:

Recebemos de um novo colaborador a versão digitalizada do livro O Conceito de Liberdade, publicado em 1975 em Portugal pelas Edições Rés Limitada como parte da Coleção Substância. O livro se constitui em recortes de vários temas abordados por Bakunin ao longo de sua obra como: materialismo e idealismo; liberdade, socialismo e revolução; partido revolucionário; aliança operária-camponesa; crítica ao estatismo; análise das composições de classes.

Agradecemos o envio da digitalização e dizemos desde já que estamos abertos a colaborações para traduções e digitalizações.

Os Editores
Brasil, março de 2012.

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O Conceito de Liberdade - Mikhail Bakunin (1975)