8 de out. de 2013
Debate em agosto na UERJ obteve boa receptividade de comunidade acadêmica e trabalhadores
No
dia 26/08, em plena segunda-feira, ocorreu na Universidade Estadual
do Rio de Janeiro (UERJ) o debate sobre "O Anarquismo e o
Levante Popular" organizado pelo Arquivo Bakunin. O debate foi
de ótima qualidade e contou com as contribuições de diversos
estudantes, professores e trabalhadores em geral, contando ao todo
com a presença de cerca de 40 camaradas.
O
debate foi aberto com a fala de dois representantes do Arquivo
Bakunin, onde em suas falas puderam desenvolver aspectos importantes
da luta nas ruas e da própria luta teórica e ideológica sobre a
compreensão das "Jornadas de junho": A conjuntura política
de avanço do projeto desenvolvimentista e neoliberal dirigido pelo
governo Dilma/PT (no campo e na cidade); A divergência de
compreensão entre a espontaneidade das massas populares na teoria
marxista e anarquista (e daí uma série de conflitos decorrentes,
tais como as posturas dos distintos partidos frente aos protestos e a
fúrias das massas); A configuração de classe dos protestos, dando
uma clara ênfase para a importância do proletariado marginal e da
juventude/estudantes, bem como criticando a caráter anti-científico
do atual conceito de "classe média" criado para fins
eleitorais e governistas.
Durante
o debate diversos outros pontos foram levantadas e outros temas foram
desenvolvidos. A questão da ação direta e da violência na luta de
classes foi talvez um dos temas mais importantes e que marcaram a
todos/as pela qualidade das intervenções e análises sobre a
temática. Qualquer "purismo" e preconceito
jurídico-legalista e metafísico foi abandonado nas análises, que
se pautaram claramente pelo método materialista de tratar a
realidade. Muitas perguntas e intervenções interessantes foram
feitas a esse respeito.
O
Arquivo Bakunin agradece todos e todas aqueles/as que estiveram
presentes no debate e espera que possamos estar novamente juntos em
mais debates e atividades teórico-políticas. E como diria a canção
anarquista: "Instruir-se, lutar e trabalhar / jovens
vozes do porvir (...)", ou seja, sigamos desenvolvendo a
compreensão teórica e retificando nossa prática, sigamos
construindo um novo amanhã e um novo futuro de socialismo e
liberdade.
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